terça-feira, 20 de março de 2012

Um jeito descolado de morar


Com pé-direito duplo e ambientes integrados, os lofts estão em alta, têm liquidez e boa aceitação no mercado de locação.










      O apresentador Luciano Huck teve de quebrar a cabeça e algumas paredes para conseguir morar em um loft em São Paulo há dez anos. "Naquela época, não havia nada bacana no mercado para jovens solteiros", conta ele. Enquanto desconstruía um apartamento de três quartos no Itaim, derrubando divisórias para integrar os ambientes, Huck percebeu que investir em lofts poderia ser um bom negócio. Em 1997, lançou com o arquiteto João Armentano o primeiro edifício do gênero na cidade: o Loft São Paulo I, no Jardim Guedala. Oito anos depois, já sem Huck, Armentano inaugurou o Grand Loft II, seu oitavo empreendimento do tipo.   



Loft da atriz Patrícia de Sabrit, no Morumbi: "sensação de aconchego"



       Outro que deu vida nova à vizinhança com um loft foi o compositor Francisco Blanco, de 55 anos. Em 1992, ele comprou uma casinha de vila nos Jardins e uma briga com os vizinhos. Blanco demoliu o imóvel para erguer no local um galpão de 330 metros quadrados, três andares, pé-direito de 12 metros e tijolos aparentes, bem parecido com os americanos. Gastou "uma fortuna" para escorar as casas geminadas à sua. Depois que o lugar ficou pronto, a sinagoga e o antiquário que o cercam pediram para copiar o projeto.
       Blanco hoje aluga o loft por 8 000 reais mensais – e não tem dificuldade para conseguir inquilinos. Pelo contrário: ele garante que há uma fila de pessoas interessadas em ocupar a casa, que de tão fiel ao "espírito loft" tem quarto e banheiro no mesmo ambiente. Fábio Rossi, da diretoria do Secovi-SP, o sindicato da habitação, confirma: "Os lofts estão em alta, têm boa liquidez e maior velocidade de venda e locação".






































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